Na noite do último sábado (19 de abril de 2025), por volta das 20h30, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de ameaça e maus-tratos a animal na no bairro Alto da Cruz, em Ouro Preto, na região central de Minas Gerais.
A vítima, uma mulher de 37 anos, relatou ter ouvido barulhos vindos do terceiro andar do imóvel e presenciado um jovem arremessando um cachorro de porte médio da varanda, a cerca de 10 metros de altura. Mesmo com a queda, o animal conseguiu se levantar, mas apresentava uma das patas dianteiras inchada e com sinais de fratura.
Ao questionar o autor sobre a agressão, a mulher foi xingada e ameaçada de morte. O suspeito, um jovem de 26 anos, desceu as escadas em direção à vítima, demonstrando intenção de agredi-la fisicamente. A tentativa foi impedida pelo namorado da vítima, que testemunhou todo o ocorrido. Em seguida, o autor retornou ao imóvel e ou a atirar pedras contra o casal.
O cachorro se abrigou atrás da vítima, claramente ferido e com dificuldade de apoiar a pata no chão. A irmã da vítima também presenciou o momento em que os militares chegaram e constataram o estado do animal.
Identificado pelas iniciais C.D.C.R., o autor itiu ter se desentendido com os vizinhos, alegando que o cão havia comido biscoitos de seus filhos. O local onde o animal era mantido foi descrito como pequeno, sujo e com forte odor de urina e fezes.
Ele recebeu voz de prisão pelos crimes de maus-tratos a animais, ameaça e omissão de cautela. Devido à agressividade, foi algemado e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dom Orione na mesma cidade, para avaliação médica.
A tentativa de resgatar o cachorro pelos canais oficiais da prefeitura de Ouro Preto não obteve retorno. Com apoio da investigadora da Polícia Civil, e do Instituto Habitat, o animal está sob a guarda e cuidados veterinários do Instituto Habitat. O abrigo temporário foi providenciado em Mariana, também na região central do Estado.
A equipe de redação do Agito Mais recebeu a informação de que o Instituto Caodominio de Mariana também prestou um apoio fundamental no caso.
Na delegacia, o autor ainda tentou intimidar as vítimas, fazendo gestos de arma com os dedos. Ele foi advertido pelos militares e permaneceu detido para demais providências legais. As vítimas e testemunhas formalizaram representação contra ele.