Em uma ação coordenada entre a Polícia Militar de Meio Ambiente, a Polícia Federal e o Ibama, sete pessoas foram presas durante uma operação de combate ao garimpo ilegal de ouro realizada na última sexta-feira (25 de abril de 2025). A operação, que teve como foco as águas dos rios das Mortes e Rio Grande, afetou diretamente nove municípios de Minas Gerais: Tiradentes, São João del-Rei, Ritápolis, Conceição da Barra de Minas, São Tiago, Nazareno, Ibituruna, Ijaci e Itutinga.
A operação envolveu um total de 93 policiais militares, sendo 71 da polícia ambiental, 15 do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e 7 militares do Comando de Aviação do Estado (Comave). Além disso, 16 agentes da Polícia Federal e 8 servidores do Ibama participaram da fiscalização nos locais de garimpo, resultando na destruição de 8 dragas utilizadas para extração ilegal de ouro.
Durante as diligências, 16 alvos foram abordados, o que compreendeu cerca de 30 garimpeiros, dos quais 7 foram presos por exercerem atividade minerária sem a devida autorização legal. Apesar da operação de grande escala, as autoridades não conseguiram apreender ouro extraído de forma irregular.
De acordo com a Lei Federal 8.176/91, a usurpação de bens da União, como os recursos minerais, é um crime tipificado com pena de detenção de 1 a 5 anos e multa. Já a execução de atividades minerárias sem a devida licença ambiental, conforme a Lei Federal 9.605/98, pode resultar em penas de 6 meses a 1 ano de detenção, além de multa.
O objetivo da operação foi justamente coibir o garimpo ilegal, que prejudica tanto o meio ambiente quanto a segurança e o bem-estar das comunidades locais. O combate a esse tipo de crime ambiental é uma prioridade para os órgãos de fiscalização, que alertam a população sobre os riscos de envolvimento com atividades ilícitas desse tipo.
As autoridades reforçam que, para realizar qualquer atividade de mineração de forma legal, o interessado deve buscar orientação na Agência Nacional de Mineração (ANM) para obter o título de pesquisa e lavra de mineral. Além disso, é necessário solicitar as devidas autorizações ambientais junto à Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM) e ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM).
A operação teve um impacto significativo no combate ao garimpo ilegal e segue com as investigações para identificar outros envolvidos na atividade ilícita.